Cruz de Malta. O maior vencedor da história futebolística de Jaraguá do Sul.
15 de dezembro de 2009. | N° 616. FUTEBOL AMADOR. O maior vencedor da história. Cruz de Malta vence o Vitória e chega ao nono título na Primeirona de Jaraguá. Ao final da batalha contra o Vitória, no Rio da Luz, empatada por 2 a 2, era difícil distinguir o que era molhado de chuva, suor ou lágrimas nos rostos de jogadores e dirigentes do Cruz de Malta. Afinal, eles acabavam de fazer história. Com a conquista da nona taça de campeão, o time finalmente ultrapassou o Baependi em número de troféus e se tornou o maior vencedor da Primeira Divisão do Futebol de Jaraguá do Sul. Com os gritos de “olê, Malta”, a torcida, mesmo sob muita chuva, lotou o Estádio Hugo Koehn. A galera alvinegra celebrou os heróis que fizeram questão de levar a taça para junto dela. Emoção é o que não faltou nos 90 minutos da final. O Vitória lutou muito e valorizou a conquista do Cruz de Malta, que começou aos 43 minutos do primeiro tempo quando Mengarda, o destaque do time campeão, de falta, fez 1 a 0. Em desvantagem, o nervosismo entre os jogadores do Vitória era evidente. Durante o intervalo, discutiram entre eles. Mas no início do segundo tempo os gritos nervosos foram substituídos pelos de euforia quando Gomes converteu um penâlti e deu nova esperança à torcida verde e amarela. Para agravar a situação cruzmaltina, Gerson, o homem da criação do Cruz de Malta, machucou-se e deixou o campo. Mas Mengarda tem estrela. Aos 29 minutos, ele fez mais um de falta. Dois minutos depois, num chute despretensioso de Gomes, a bola resvalou numa poça d’água e enganou o goleiro Cris: 2 a 2. Mas o camisa 1 do Cruz de Malta se redimiu minutos depois ao impedir aquele que poderia ser o gol de desempate do Vitória. Logo após este lance, veio o apito final e o início de uma festa que se estendeu até o Estádio Eurico Duwe, casa do maior campeão da história da Primeirona de Jaraguá do Sul. 15 de dezembro de 2009. | N° 616. FUTEBOL AMADOR Para Magrão, Vitória falhou no primeiro jogoBastante abatidos, os jogadores do Vitória buscaram explicações para a perda de mais um título em casa. A exemplo de 2004, quando foi derrotado na final pelo Flamengo, um visitante voltou a dar a volta olímpica em pleno Rio da Luz. Um dos mais chateados era o centroavante Magrão. Com a mão quebrada no primeiro jogo, ele apenas assistiu à partida do banco de reservas. “Se tivéssemos entrado com este espírito de luta também na primeira partida, talvez a história fosse outra. Simplesmente nossa equipe não entrou em campo no jogo de ida”, lamentou o goleador ao lembrar a derrota por 1 a 0 para o Cruz de Malta no primeiro jogo da decisão. Porém, nem tudo foi tristeza no Hugo Koehn. Na preliminar, o time aspirante do Vitória goleou o Botafogo por 5 a 0 e confirmou o título da categoria. O time foi comandado por Ricardo Silva, que também é diretor e jogador do time principal. 15 de dezembro de 2009. | N° 616. FUTEBOL AMADOR. Mengarda, zagueiro e goleador da decisãoMengarda é zagueiro de origem, mas goleador. Foram dos pés dele que saíram os gols do título do Cruz de Malta: duas cobranças de falta que selaram o destino e garantiram a taça de campeã para o alvinegro do Rio da Luz. Ao final do jogo, ele foi um dos jogadores mais festejados pelos colegas de time e pelos torcedores. “È muito bom. Foi uma partida muito difícil. O Vitória exigiu demais de nosso sistema defensivo e chegamos a temer que não sairíamos daqui campeões, mas no final deu tudo certo para nós.” Por ironia do destino, Mengarda também estava em campo na última conquista cruzmaltina em 2005, mas como jogador do maior rival, o Botafogo. “Naquele ano, fui vice, mas agora estou aqui, campeão pelo Cruz de Malta”, comentou antes de ser abraçado por torcedores e pelo empresário Ademir Duwe, neto do patrono do time, Eurico Duwe. “Tenho certeza de que, de onde estiver, o meu avô está rindo à toa com esta conquista”, soluçava Ademir, emocionado. “Acabou a síndrome de vice”, emendou, numa referência aos vice-campeonatos de 2007 e 2008.