O julgamento da queixa do Juventus que paralisou a Primeirona do futebol joinvilense está marcado para esta quinta-feira à noite, na FCF. Se forem consideradas algumas pisadas de bola graves, teremos outro jogo pela semifinal. Houve erros gritantes, desde omissões na súmula (o que revela um árbitro abalado pela agressão e, quem sabe, pela decisão da LJF de tocar o jogo contrariando paracer do policiamento, que em resposta se retirou) até o descumprimento de normas de segurança pela LJF (esta questão do policiamento). Por gritante entenda-se, por exemplo, o árbitro registrar em súmula que o segundo tempo começou às 17h04 e terminou às 17h49, quando todos no estádio viram uma paralisação de quase meio hora por causa da agressão do meia Bruno (Sercos) ao árbitro Vanderlei Ferreira e devido à discusssão com a Polícia Militar, que vetou a continuidade do jogo. Fora que faltaram pelo menos sete minutos na segunda etapa e um no primeiro tempo da prorrogação. Mas é jogo indefinido este a ser travado nas barras do TJD, porque cada clube defende o seu. A homologação do resultado não é descartada. Tudo será uma questão de alegações e de entendimento.
AMEAÇA DA SERCOS
Na noite desta quarta, recebi telefonema do presidente da Sercos, James Alves. Dizia ele que acabara de participar de reunião no clube e que a decisão da Sercos, em caso de o TJD mandar refazer a semifinal, é pelo abandono da Primeirona. Estava na correria do fechamento da edição impressa de AN e não deu para esticar o papo com James, mas me permito considerar uma medida exagerada. Na prática, não creio em sua execução caso venha a ser marcada uma nova semifinal, já que a vencida pela Sercos sequer foi homologada devido ao protesto com despacho favorável ao Juventus. Entendo o acabrunhamento da Sercos com a questão. Mas o que precisa ficar claro é: não é a Sercos e nem a sua comunidade que estão em julgamento. São as ocorrências que mexeram, sim, com a partida. Por isso a reação da Sercos ameaçando uma retirada é exagerada. A torcida maior é para que a bola volte a rolar. A Sercos luta pela homologação da semifinal e para fazer a final da Primeirona sem ter de enfrentar de novo o Juventus. Para isso, contratou advogado com trânsito no TJD e vai à luta. Aliás, pelo que soube da defesa, ela baterá na tecla de que a comunidade que torce pela Sercos será prejudicada em caso de remarcação da semifinal. Aliás, alguns comentários postados neste blog em notícias sobre o imbróglio da Primeirona também batem nesta tecla. Repito: não é por aí. Não é isso o que está em discussão e foi levado ao tribunal resultando na paralisação da Primeirona. A causa do Juventus é baseada em outros fundamentos. Há que se reconhecer que é do jogo e cabe ao TJD a palavra final.
RECOMEÇO NO SÁBADO
Para concluir: antes de conhecer o resultado do julgamento da Primeirona pelo TJD, a Liga Joinvilense tomou providência que considero ideal: marcou o reinício do campeonato, seja lá o desfecho que tenha a questão na justiça. O jogo será sábado, às 16 horas, na Arena. Só falta o TJD definir se será um novo Sercos x Juventus, pela semifinal; ou o primeiro Sercos x Tupy, pela decisão. Claro que a LJF está contando com ausência de recursos pós-julgamento. E muito menos com uma eventual desistência da Sercos em caso de vitória do Juventus no tapetão. É esperar.
Postado por edenilson_leandro, às 0:30 Blog Intervalo. AN. Edenilson Leandro.
Futuro da Primeirona joinvilense será definido no dia 18 13 de novembro de 2010 | Categorias: 1
A partir de questionamento de leitor, abaixo algumas respostas para o imbróglio da Primeirona do futebol de Joinville, paralisada por ordem do TJD-SC:
1) Como está o andamento do processo de paralisação da Primeirona da LJF junto ao TJD/SC? O caso será julgado no dia 18. ATé lá, a Primeirona não tem movimentação.
2) Quem impetrou a ação de paralisação, nome do advogado, nome do Presidente do Clube?
Foi o Juventus. O time perdeu a segunda partida da semifinal para a Sercos por 2 a 1, listou uma série de acontecimentos estranhos e teve um despacho favorável do TJD. O advogado do clube do bairro Iririú é Roberto Pugliesi Jr., o mesmo do JEC. O presidente do Juventus é Rodinei da Silva.
3) Qual foi a argumentação/alegação junto ao TJD/SC, se possível fornecer detalhes?
A coisa mais estranha daquele jogo´foi o fato de o árbitro ter dado só 38 minutos do segundo tempo (a Sercos venceu o tempo normal por 2 a 1) e ter dado 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação). Antes disso, logo no começo da segunda etapa, Bruno Pereira (Sercos) agrediu o árbitro Vanderlei Ferreira, o Nene. Bruno foi expulso, a Polícia Militar foi chamada para o campo para dar proteção à arbitragem e ordenou que a partida não continuasse, devido ao clima e grande público. A Liga Joinvilense de Futebol tocou o jogo e a polícia se retirou. Ficou evidente que o árbitro sentiu o peso.
4) Qdo será julgado/pauta, quem será o relator do processo no TJD/SC ?
Como já dito, no dia 18, próxima quinta. O relator designado no despacho que suspendeu a Primeirona é Adilson Alexandre Simas.
5) O que pensam os dirigentes sobre o caso, Presidente da LJF, Presidentes dos demais clubes envolvidos?
O único com quem co nversei foi o presidente da LJF, no dia em que saiu o despacho, e senti nele uma frustração muito grande. Com certeza, não esperava por este desfecho.
6) Enfim esclarecer quais serão as alternativas para o litígio ?
Considerar que tudo foi normal e a Primeirona voltar à vida normal, com a realização dos jogos finais. Entender que houve anormalidades, anular o segundo jogo entre Sercos e Juventus e repetir a semifinal, uma hipótese que ganha força pelo simples fato de o TJD ter acatado o pedido do Juventus.
Espero ter atendido à curiosidade do leitor de Pomerode que me encaminhou o questionário e agradeço muito, a todos, à leitura deste espaço. Outro leitor perguntou em um comentário se a coluna e o blog estavam de férias. Não, o blogueiro é que estava em curso e não foi possível atualizá-lo mais esta semana.
E aproveito para emendar o tema com algumas outras informações que levantei nestes recentes dias e mais alguns pitacos: se o Juventus vencer a parada no TJD e houver nova semifinal – lembro que a vitória da Sercos não foi homologada por orientação do tribunal -, a Primeirona não termina antes do dia 12 de dezembro. O que é uma pena porque, nesta época, todo o mundo já estará pensando em Papai Noel.
É que a Tupy (única verdadeiramente garantida na final) tem compromissos com os Jogos Sul-brasileiros do Sesi (claro que assumidos de acordo com o calendário original da Primeirona), entre os dias 3 e 5, em Pelotas (RS).
A cúpula da Liga Joinvilense de Futebol vai acompanhar o julgamento do dia 18 e promete intervir em apenas um caso: se o jogo for remarcado para o campo da Sercos, pedirá outro local. Está correta.
O grande derrotado nesta questão da Primeirona é Laudir Zermiani, presidente da LJF. Comandou a operação para a semifinal prosseguir após agressão ao árbitro e orientação contrária da polícia, cedendo a uma certa pressão. Uma paralisação naquele momento teria sido melhor do que a intervenção do TJD.
Neste caso todo, também considero que o Juventus perdeu a chance de forçar uma situação (estaria no seu direito) no próprio campo: quando a Polícia Militar se retirou do local porque determinou a paralisação da partida e não foi atendida, o Juventus deveria ir atrás. Quem o condenaria diante de algo tão forte quanto a falta efetiva de segurança?
Por último: já tivemos casos de clubes multados em julgamentos na LJF por simplesmente não terem comprovado que avisam a PM da realização do jogo. Se a PM vai ou não ao campo, é outro assunto. É obrigação do clube protocolar que avisou do evento. Se não tiver o protocolo, vai para o relatório, para julgamento e é multado.
Fica a pergunta após a própria LJF ter chutado o pau da barraca e mandado o jogo prosseguir num momento de erupção em plena semifinal da Primeirona: se a orientação policial não é para ser seguida (como não foi no campo da Sercos), como cobrar algo dos times no quesito segurança?