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Os gargalos da Liga Pomerodense.
"Mesmo sabendo das dificuldades, sei que estou tentando fazer o meu melhor, em prol do esporte de nossa cidade”.
Por Jornal de Pomerode / Esporte - Publicado em 10/06/2019
Uma das competições que mais envolve os times de determinada região, em Santa Catarina, é a Copa Interligas, organizada pela Federação Catarinense de Futebol (FCF) e que classifica o campeão para Campeonato Catarinense Não Profissional Adulto. Inclusive, a cidade de Pomerode já teve um campeão, que foi o Atlético Pomerodense, em 2016, quando venceu o Unidos, na decisão.E, este ano, Pomerode tinha tudo para ser, mais uma vez, protagonista desta competição, pelo fato da Liga Pomerodense de Desportos (LPD) ter sido escolhida para organizar as disputas, no Vale do Itajaí. Tanto que, em março e abril, foram realizadas reuniões para a definição dos trâmites.
“Houve uma, no dia 24 de março, na Federação, para confirmar na nossa organização, e outra no dia 16 de abril, em Pomerode, onde estava tudo praticamente definido, com cinco equipes confirmadas: Floresta (Pomerode), Juventus (Ibirama), Cruzeiro (Presidente Getúlio), Natalense (Itajaí) e Juventude (Luiz Alves).
A fórmula de disputa também, com Turno Único, classificando-se os quatro melhores para as semifinais, e as finais, em ida e volta. As expectativas eram as melhores possíveis”, relata o presidente da LPD, Ademar Ramthun. No entanto, após passar o feriado de Páscoa elaborando a tabela e o regulamento, as coisas começaram a tomar outros rumos. “Naquela semana, um dirigente do Cruzeiro me ligou dizendo que disputar o Interligas ficaria inviável e que eles preferiam jogar a Liga de Rio do Sul. Tentei buscar algum time pomerodense para fechar essa lacuna, mas ninguém aceitou. Convoquei uma reunião, em Pomerode, para 26 de abril, para definição. No dia seguinte, o Floresta acabou desistindo, também”, comenta. Com apenas três times, Ramthun procurou auxílio na Federação, para tentar uma solução definitiva. “Inclusive, o Natalense iria abrir mão de disputar o Municipal deles, que é Federado, para jogar o Interligas, mas, na última hora, desistiu também. Aí sobraram apenas Juventude e Juventus. E como os dirigentes do time de Luiz Alves não queriam jogar uma competição com apenas dois times, igualmente, abriram mão das disputas. Com isso, o Juventus será o representante do Vale do Itajaí no Campeonato Catarinense Não Profissional 2019”, pondera.
O presidente da LPD diz que toda essa situação resultou em um desgaste muito grande, tanto para a Liga, quanto para ele, pessoalmente. “Eu já havia conversado com o patrocinador, para troféus e medalhas, estava tudo certo e, com certeza, teríamos totais condições de promover um grande campeonato. Em meio a tudo isso, eu havia descoberto um problema de saúde, que também contribuiu com toda essa questão”, ressalta, acrescentando que uma outra situação também o chateou muito. “Eu fiquei meio decepcionado com a Liga Blumenauense de Blumenau (LBF), pois, em outras edições, eu os ajudei muito, então, acredito que eles também poderiam ter mostrado interesse em disputar essa edição. Apesar deles não terem, na época, realizado nenhuma competição Federada, até então, todos fomos flexíveis, só que a LBF foi irredutível. Se eles tivessem ido, seriam quatro equipes, no mínimo, e esta situação já teria se definido há muito tempo. A indecisão deles fez com os que tinham interesse, desistissem”.
BUROCRACIA
Estas situações, por muitas vezes, afetam o andamento das Ligas e das competições amadoras, segundo Ramthun.
“A Federação faz cumprir o que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determina, que é a famosa e burocrática questão WEB - a grande polêmica entre todas as Ligas -, que trata dos quesitos referente aos registros de atletas. Mas, além disso, outras coisas atrapalham o cotidiano das instituições, inclusive, na promoção de campeonatos.
Um exemplo é a proposta que ela tem para realizar as disputas, iniciando pelo Interligas, para, depois, realizar-se os Regionais e, por fim, o Estadual. No meu entender, isso acaba interferindo no andamento, por exemplo, da LPD, afinal, a nossa competição sempre iniciou no primeiro domingo de março. Mas eu ainda estou trabalhando para que ela saia no mês de setembro”, enfatiza o presidente.
Neste contexto, os mais prejudicados são os próprios clubes também, que querem disputar competições, mas, muitas vezes, não podem, pelos custos envolvidos e a burocracia imposta pela CBF. “Por exemplo, hoje, um time novo, para entrar em um campeonato Federado, precisar desembolsar uma quantia considerável.
Vejamos: se 20 de seus jogadores não tiverem registro na Liga, cada Atestado Liberatório custa R$ 100,00, totalizando R$ 2.000,00. E ainda há o exame médico obrigatório, que custa R$ 50,00 cada um - mais R$ 1.000,00 -, o que dá o valor total de R$ 3.000,00, logo de cara. Inclusive, cada campeonato que o jogador disputa, ele é obrigado a fazer um novo exame médico”, frisa.
Ramthun comenta que todas as Ligas alegam que essa burocracia está “matando” o futebol amador, pois não há contrapartida nenhuma.
“A própria Federação Catarinense de Futebol sugere seja investido nas categorias de base, cujas competições, apesar de serem Federadas, têm menos custos por parte dos clubes. É por isso que eu insisto neste tipo de disputa, para que possamos formar, cada vez, mais jogadores e tentemos desinflacionar o mercado um pouco”.
Por tudo isso, apesar de muitos acreditarem o contrário, Ramthun ressalta que não é fácil conduzir a Liga Pomerodense de Desportos.
“Sou mais da parte administrativa, mas, mesmo assim, não é fácil.
O cargo de Secretário Executivo, lá dentro, é de extrema importância, pois lida com todas as questões até aqui comentadas.
Temos uma despesa fixa mensal de R$ 2.600,00 e, todo o fim de semana, são cerca de 40 pessoas trabalhando para a LPD, em diversas cidades da região. E tudo isso tem que ser administrado e remunerado. Portanto, mesmo sabendo das dificuldades, sei que estou tentando fazer o meu melhor, em prol do esporte de nossa cidade, o qual, eu amo”, finaliza.



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Data: 10/06/2019
Fonte: LPD-JP
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