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 LPD - 2012 - Final - Futsal feminino municipal ...
 
2012, o ano em que uma paixão começou.
Após oito anos, jogadora que fez o gol do título relembra uma das decisões mais épicas do Futebol Feminino.
Por Jornal de Pomerode/Publicado em 10/08/2020 14:16
Uma das finais mais espetaculares do esporte feminino, em Pomerode, foi realizada no dia 05 de maio de 2012. Naquela data, o Ginásio Ralf Knaesel viveu uma noite mágica, uma vez que as duas competições municipais de Futsal em curso, naquele ano, foram decididas na mesma noite de sábado.
Como diz o ditado, “primeiro as damas”, foram elas que abriram o espetáculo. Depois da decisão do terceiro lugar, o Inter “A” encarou o Feminino Porath “B”, pelo título da temporada. E, como não podia deixar de ser, foi um jogo inesquecível, principalmente para Jaciara da Silva Sá, ou simplesmente Jaci, atleta campeã pelo Porath.
“Me recordo de ter sido uma decisão histórica e uma das mais importantes para nós. E para mim, claro, foi mais do que especial, afinal, era a minha primeira final com a camisa do Feminino Porath. Enfrentamos uma equipe muito boa, com meninas muito fortes dentro do Futsal, entre elas, a Bruninha, Larissa e Thais. Tanto é que abriram o placar e tivemos que correr atrás. Eu lembro que foi épico”, destaca.
Mesmo após oito anos, as lembranças daquele dia estão muito presentes na memória de Jaci.
O nervosismo dos pênaltis.
Ela acrescenta que ninguém imaginaria que a decisão seria após uma longa rodada de penalidades máximas.
“O jogo difícil, eu sabia que ia ser, nós tínhamos um time bom, equilibrado, uma nova geração entrando, contra uma geração que já estava jogando muita bola por aí. Mas sobre as penalidades e o modo como foi, ninguém nunca sonhou”, comenta. Ela se refere ao pênalti “espírita” que acabou sendo convertido, cobrado pela jogadora Carla. “É muito engraçado lembrar desse momento (risos). A Ana defendeu e saiu para comemorar. E a bola pegou um efeito e foi morrer, de mansinho, dentro do gol. Foi um ‘ufaaaa’, agora é nosso. Na hora, eu nem entendi muito o que havia acontecido, só sabia que nós teríamos uma nova chance e que, depois dessa, o título era para ser nosso”, completa.
Atleta cobrou o pênalti decisivo, que deu o título ao Feminino Porath B.
Aliás, Jaci foi a única atleta a converter as duas cobranças, fazendo, inclusive, o gol que deu o troféu à sua equipe. “Eu sempre tive confiança em cobrar pênaltis, só que eu sempre fui uma batedora que, ou fazia gol, ou derrubava a goleira (risos). Na minha cabeça, quanto mais forte batesse, mais chances a bola tinha de entrar. Bati as duas com força e confiei na minha mira”, comenta. “Eu estava muito nervosa para a última cobrança, pois sabia que a decisão estava nas minhas mãos. Antes de mim, bateu a Bruninha, ela era uma ótima jogadora. Quando eu vi que a nossa goleira defendeu e que ali estava a oportunidade, eu fui para cima. Fechei os olhos, soltei o pé e fosse o que Deus quisesse. A Ana Paula ainda tentou ir na bola, mas ela já tinha passado. Depois, foi só comemorar”, relembra, emocionada.
Família Porath.
A designer gráfica, hoje com 27 anos, enaltece a força do elenco, naquela oportunidade. Para ela, o título de 2012 foi o pontapé inicial para um período de diversas conquistas, dentro da modalidade. “Para nós, como equipe, a conquista foi muito importante, pois era o início de uma longa trajetória dentro do Futebol Feminino. Mal sabíamos que, dali para a frente, outras várias finais viriam e que seríamos campeãs em cinco oportunidades. Hoje, o Feminino Porath é referência dentro do esporte pomerodense, são quase 23 anos, de muito futebol e de uma grande família construída”.Tamanha admiração pode ser confirmada pelas palavras de Jaci.
“O Porath representa muita coisa para mim. Uma equipe que tem todo o meu respeito e admiração, pela dedicação e persistência em prol do Futebol Feminino, em Pomerode. Sou muito grata por fazer parte disso e, hoje, depois de oito anos, poder relembrar uma vitória como essa, é especial”.
Equipe do Feminino Porath B campeã.
A saudade.
Mas essa final não traz lembranças apenas dentro do âmbito esportivo. Isso porque uma das atletas, Carla Aparecida Bortolameoti Gonçalves, que esteve em quadra naquele dia, faleceu prematuramente no dia 07 de dezembro de 2012, com apenas 19 anos. E Jaci relembra, com carinho, da sua relação com a amiga, quase irmã. “Mal sabíamos que, hoje, essa lembrança teria um carinho maior. A Carla representa muito para mim. Foi por ela que eu estive nesta final e continuei no esporte, ela que me carregava e foi minha parceira e confidente, dentro e fora das quadras. Eu só tenho lembranças lindas: amava o futebol, sorriso no rosto, pagodeira, mala e briguenta (risos). Graças aos vídeos do JP, hoje posso lembrar dos abraços gostosos, da nossa cumplicidade e do sorriso dela naquele dia. Que privilégio poder lembrar esse momento, do qual ela foi uma das grandes protagonistas, com aquela cobrança ‘espírita’, comentada até hoje”, finaliza, com a emoção de quem carrega bons sentimentos no coração.
Comemorando com a amiga Carla, a conquista daquele ano.
O jogo decisivo.
No dia 05 de maio de 2012, com um bom público presente, o Inter “A” encarou o Feminino Porath “B”, para decidir o título 4º Campeonato Municipal de Futsal Feminino. Se na primeira fase, o time colorado venceu por 6 a 1, desta vez, não foi nada fácil. Num jogo bastante estudado, o Inter saiu na frente, por meio de Bruninha. O Feminino Porath empatou logo em seguida, com a artilheira Maria. O empate manteve-se até o final da prorrogação, o que levou a decisão para as penalidades máximas.
A partir daí, foi um verdadeiro teste para cardíacos. Entre gols, defesas e bolas na trave, foram necessárias nada menos que 22 cobranças, para que o campeão fosse conhecido. Jaci ficou encarregada de dar o título ao Feminino Porath “B”, convertendo o último pênalti, para alegria da torcida presente.
Durante a disputa de pênaltis, um lance ficou marcado para sempre. Na 16ª cobrança, a goleira do Inter “A”, Ana Paula, realizou a defesa, espalmando a bola para cima, o que daria o título para a equipe. No entanto, quando saiu para comemorar, a “redonda” passou ao seu lado e acabou entrando no gol, o que é válido. A arbitragem legitimou o lance e a disputa continuou, para decepção dos estupefatos torcedores e integrantes do time vermelho.
Durante a final, Jaci conversando com o treinador Jelson.
Logo após a final, houve o cerimonial de premiação, com a presença de diversas autoridades. Em seu discurso, o então prefeito, Paulo Pizzolatti, parabenizou os times participantes, enaltecendo que as competições comunitárias são muito importantes para fomentar o esporte dentro de Pomerode.
Foram premiadas, além das campeãs, as atletas destaque das duas partidas: Jaqueline (Feminino Porath “A”) e Maria (Feminino Porath “B”). A jogadora também foi a artilheira da competição, com 12 gols. Já a goleira menos vazada foi Ana Paula, do Inter “A”, que tomou apenas cinco gols. Logo após, houve a tradicional volta olímpica da equipe campeã.

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Data: 10/08/2020
Fonte: LPD-JP
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