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 LPD - Tragédia - 11 de marco de 2011 ...
 
O impacto das águas no esporte pomerodense.
Além dos prejuízos pontuais, data marcou o início do fim de uma das grandes equipes de nossa cidade.
Por Jornal de Pomerode/Esporte.Publicado em 12/03/2021 16:56. Arquivo Jornal de Pomerode
A tragédia de 11 de março de 2011 marcou a cidade como um todo, afinal, para muitos, esta foi o maior desastre natural da história. E no campo esportivo, os prejuízos também foram muito grandes, tanto materiais, quanto sentimentais e psicológicos.
E agora, 10 anos após o acontecimento, iremos relembrar aqueles momentos que ainda estão marcados na memória de muitos pomerodenses.
Um deles é Célio Utech, que, na época, comandava o time do Águia Verde, cuja sede foi totalmente destruída pelas águas. Tanto que, três anos após, o time também deixou de existir.“Quando eu fui lá, à tarde, eu tive um desânimo total, afinal, o futebol era o que eu mais gostava, eu fazia aquilo com todo o meu coração. Só para ter uma ideia, eu trabalhava durante o dia e depois, no meio da tarde, eu ia cuidar daquilo tudo, roçar grama e deixar tudo preparado. E ver uma situação daquela, onde tudo foi destruído, é algo que ficou marcado”.
Utech relata que o local era muito bem visto pelos praticantes e, todo o fim de semana, o campo estava lotado. “Só que naquele dia, tudo se acabou. Até conseguimos continuar com o time nos anos seguintes e chegamos a ser vice-campeões do Campeonato de Bairros em 2012, mas como não tínhamos mais sede, o projeto foi se acabando, até que, em 2014, resolvemos parar. Quero agradecer ao Eurides Baehr, que permitiu que alugássemos o seu campo, para que pudéssemos jogar”, enfatiza.
No entanto, a situação era recorrente no local. “Cerca de dois meses antes daquela tragédia, em cerca de 30 dias, eu limpei a associação oito vezes, por causa das enchentes. Em uma semana, foram três cheias. Só que naquela madrugada de 11 de março, tudo foi diferente, tudo se acabou. Eu olhava aqui da minha casa e via a cidade tomada pela água, foi uma cena marcante, que jamais sairá da memória”, finaliza.
Ainda no centro da cidade, o Pavilhão de Eventos da Festa Pomerana foi tomado por muita lama. A lagoa existente nos fundos do complexo transbordou, causando prejuízos em seu interior. Logo após as primeiras duas horas de chuvas, já prevendo que o espaço poderia ser utilizado para abrigar desalojados, a equipe da Funpeel iniciou o trabalho de adequação, trazendo colchões, mantimentos, cobertores e demais gêneros de primeira utilidade.
O Clube Pomerode, localizado na Rua dos Atiradores e que havia passado por uma reforma, foi novamente atingido. O interior do complexo foi invadido pela enchente, como banheiros, cozinha, área social, pistas de bolão e bares. Assim como a área externa e a piscina, que ficou cheia de lama.
Troféus da equipe de bolão do Clube Pomerode. (Foto: Arquivo JP)
A Associação Esportiva Floresta também foi atingida. O campo foi totalmente tomado pela água, que chegou a cerca de 1m, o que resultou em lama e entulhos. Além disso, no restaurante, devido à grande enxurrada que veio da rua, uma parte da tubulação acabou sendo afetada. “Não tivemos grandes prejuízos, apenas o intenso trabalho de remover a lama, limpar e reorganizar tudo, assim que a água baixou”, enfatiza o atual presidente, Ivo Brehmer.
Mais prejuízos.
O bairro de Testo Rega também foi bastante atingido pela enchente, e um dos campos prejudicados foi o Formigueiro. Segundo o presidente da associação, Marcos Wolfart, o popular Nego, aquele foi um dia marcante. “A água chegou a cerca de 1,30m, em todas as dependências, o que nos causou um grande prejuízo, afinal perdemos tudo o que havia ali, além de alguns equipamentos queimados. E para salvar o campo, tivemos que raspar a grande quantidade de lama deixada pelas águas”, relata.
Mesmo diante das dificuldades e o trabalho árduo, o local conseguiu se reerguer. “Perdemos todo o nosso estoque de bebidas e comida e até nosso uniforme foi prejudicado, pela lama que impregnou e não conseguiu mais ser limpa. Levamos uns oito meses para que tudo voltasse ao normal. Um recomeço difícil, mas conseguimos superar mais uma adversidade”.
Em Testo Central, o campo do Vera Cruz também foi tomado pelas águas do Rio do Testo, que começaram a subir já na noite anterior. “Quando começou a vir água pelo bueiro, já sabíamos que o campo seria alagado. Na sede, a marca bateu nos 58cm de altura. Eu comecei, logo cedo, no outro dia, a tirar a sujeira, antes que a lama secasse. Para o gramado até que foi bom, pois veio muita matéria orgânica, que serviu como adubo. Mas a sede teve que toda repintada”, destaca Ilmar Marquardt, o popular Malu.
Campo do Vera Cruz foi totalmente tomado pelas águas do Rio do Testo. (Foto: Arquivo JP)
No entanto, a Sociedade Testo Central sofreu muitos prejuízos. “A cancha de bolão teve sua base prejudicada e precisou ser totalmente trocada, fora toda a lama que se formou nas dependências da sociedade. Ali, as consequências da enchente foram grandes”, frisa. Mas episódio serviu para que melhorias fossem feitas. “Depois daquele dia, nunca mais o local sofreu com enchentes, pois uma nova tubulação foi feita, com cerca de 200m, para escoar a água com mais rapidez e não represá-la”, finaliza.
Impactos no esporte.
Na época, todos os eventos esportivos marcados para o fim de semana foram cancelados. Houve a paralisação do 6º Campeonato Municipal de Futsal Masculino e o adiamento do início do 6º Campeonato Integração de Bairros Funpeel / Uampo. Além deles, foram adiados, também, o Festival de Atletismo Escolar de Pomerode, o Congresso Técnico do 3º Campeonato Municipal de Futsal Feminino e a data de inscrição do 6º Campeonato Integração de Bairros Funpeel/Uampo.
Os amistosos das equipes de veteranos pomerodenses, Ribeirão Areia e Botafogo, também foram cancelados. No caso do time verde e amarelo, o campo também foi atingido por cerca de 1m de água. E como não poderia deixar de ser, a abertura do Campeonato Regional da LPD também teve seus jogos adiados.

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Data: 15/03/2021
Fonte: LPD-JP
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