João Pessoa x Cruz de Malta, final da Liga Jaraguaense, domingo.
Bozzano vai apitar final da Primeirona. Associação de Árbitros lamenta a ausência de profissionais locais na decisão do Jaraguaense. A primeira partida da final do Campeonato Jaraguaense de Futebol da 1ª Divisão entre João Pessoa e Cruz de Malta, domingo, às 16 horas, no João Marcatto, terá um ingrediente a mais. A partida será apitada pelo blumenauense Wellicson Bozzano, sobrinho do famoso árbitro Dalmo Bozzano, que durante anos foi filiado ao quadro de arbitragem da Fifa. Wellicson e os assistentes que estarão em Jaraguá do Sul são atualmente da Liga Gasparense de Futebol. Profissionais locais vão apitar as decisões dos aspirantes. Embora tenha apoiado a indicação, o presidente da Associação Jaraguaense de Árbitros (AJA), Jerri Back Luft, lamenta a ausência de árbitros locais nos dois jogos mais importantes da Liga Jaraguaense (LJF) deste ano. “Até porque fizemos um bom trabalho ao longo do campeonato e a presença na final viria a coroar esta atuação”, comenta. No entanto, a decisão de utilizar um trio de arbitragem de fora foi tomada no início da competição, durante o arbitral da Primeirona. “Porém, só tomei conhecimento disso entre a terceira e quarta rodadas”, disse Jerri, que também apitou inúmeras partidas. Segundo ele, a opção por não se escalar apitadores locais foi influenciada pelos incidentes ocorridos na final de 2006. Na ocasião inúmeros incidentes foram registrados pelo árbitro Ademir da Silva, que conduziu a decisão entre Vitória e Caxias, tendo inclusive necessidade de intervenção policial. Depois daqueles incidentes, dirigentes de clubes locais já manisfetavam interesse por árbitros de fora para apitar jogos importantes. Vontade que prevaleceu na elaboração do próprio regulamento do campeonato deste ano. Apesar disso, Jerri Luft espera que futuramente os árbitros possam apitar também as decisões da Liga. “Para isso, iremos priorizar uma preparação mais intensa tanto teórica quanto física”, assegurou. Hoje a AJA conta com sete filiados, sendo cinco deles federados. O presidente da LJF, Rogério Tomazelli, disse que a decisão de não utilizar o quadro da AJA tem mais o objetivo de preservar os árbitros do que desprestigiá-los. “Fizeram um bom campeonato, mas exceto o próprio Jerri, ainda é necessário qualificar melhor nossos árbitros para este tipo do jogo.” Ele acrescentou que o presidente da AJA e Altair Berger, de Guaramirim, tido como uma das revelações do apito da temporada, estão escalados para as finais dos aspirantes entre Vitória e Atlético.